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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Comprar equipamentos de refrigeração virou caso de polícia

                                

Comprar equipamentos de refrigeração para supermercados no Brasil tem se transformado em uma das tarefas mais difíceis do varejo. É cada dia maior o número de empresários insatisfeitos com os fornecedores. Essa realidade é fruto da baixa concorrência do setor que conta com cerca de três grandes fornecedores tanto de gabinetes como de máquinas, sendo que somente uma delas detêm 70% do mercado.
A prestação de serviços nessa área é lastimável para não dizer inexistente. Compromisso com a satisfação do cliente é algo pouco valorizado no setor, principalmente pela empresa com maior participação de mercado. A sensação que temos é que o empresário está fazendo um grande favor quando compra os equipamentos dessa marca. A arrogância de alguns executivos e representantes da empresa beira o absurdo.
Em mais de 500 projetos de consultoria executados envolvendo reformas, ampliações e construções de novas lojas um dado sempre nos chamou a atenção: em nenhuma das obras realizadas o fornecedor de equipamentos de refrigeração entregou tudo que tinha vendido dentro do prazo estipulado. Sempre faltou algum equipamento, alguma peça, alguma especificação que não ficou de acordo com o negociado ou simplesmente não chegou a tempo da loja ser inaugurada.
Os problemas relacionados com as empresas de refrigeração, principalmente a empresa líder de mercado são os mais variados possíveis, entre eles:
a) equipamento entregue diferente daquele que o empresário achou que comprou.
b) equipamentos faltando peças ou acessórios.
c) equipamentos amassados, arranhados e até com vidros quebrados durante o transporte.
d) pedido entregue fora do prazo acordado, em alguns casos com mais de 30 dias de atraso.
e) falta de orientação na canalização da refrigeração, causando transtornos na hora da montagem.
f) técnicos de montagem terceirizados desqualificados e sem comprometimento com a qualidade dos serviços.
e) omissão de informações importantes ou falta de clareza durante a negociação referente ao que o cliente está pagando ou não, levando a aborrecimentos futuros e insatisfação com a empresa.
g) erros grosseiros na elaboração do orçamentos como falta de itens.
h) venda de equipamentos que não satisfaz a necessidade do cliente como as famosas gôndolas com base e mais quatro prateleiras, o que torna impossível uma boa exposição dos produtos.
i) morosidade na solução ou resolução dos problemas, chegando ao ponto de simplesmente não resolvê-los.
j) falta de visitas, em alguns casos, o varejista praticamente implora para que o representante da empresa lhe visite.
l) falta ou demora da entrega do orçamento, em alguns casos, o varejista compra de uma marca sem comparar o preços de outras, simplesmente por que os orçamentos das demais nunca chegaram.
O caso mais recente que acompanhei e que praticamente ocorreu 90% desses problemas citados acima, foi o do Supermercado Princesa, uma rede de cinco lojas do mato grosso do sul, que reformou sua loja principal. Mesmo sendo cliente fiel da empresa líder de mercado a mesma foi incapaz de evitar ou resolver os problemas causados. Segundo o proprietário Sr. José Damasceno "o tratamento dado aos problemas causados pela empresa tiveram atenção Zero e nada foi resolvido e que desta empresa eu não comprarei mais uma agulha". Só para termos uma idéia da gravidade do que estamos falando, algumas coisas que eram de responsabilidade da empresa ele teve que pagar mais duas outras vezes para que tivesse o serviço executado. E no final, a empresa só resolveu alguns problemas gravíssimos, depois que o empresário fez uma reclamação no site de reclamações (reclameaqui.com.br), faltando dois dias para a reinauguração.
Os casos de mal atendimento não são isolados, pelo contrário, exceção aqui é a empresa cumprir exatamente o que foi acordado. Outra dica importante que damos é com relação aqueles "acertos" que são feitos por alguns varejistas e algumas empresas do setor com relação a equipamentos que estão sendo comprados e financiados e ela propõe devolver o que já foi pago pelo varejista quando o financiamento for aprovado ou faturar a maior e devolver a diferença, porque isso simplesmente pode não acontecer. Temos informações de muitos casos destes que não foram cumpridos.
Sebastião B. Felix

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