Muitos pequenos supermercados ainda não vendem peixe. Outra boa parte disponibiliza o produto congelado, porém as vendas ainda são pouco representativas. O que não significa que a venda de peixe não seja interessante para a loja ou que o produto não tenha mercado.
Dados do Ministério da Pesca e Aqüicultura, indicam que o consumo de peixes no Brasil cresceu 40% nos últimos sete anos. Todavia o consumo de 9kg per capita ano do brasileiro, ainda é pequeno, equivalente aos países nórdicos como Finlândia, Suíça e Suécia e muito abaixo de outros países Europeus e da média mundial que é de 16 quilos por habitante/ano. Porém o maior consumidor de peixes do mundo é o Japão onde o consumo per capita anual é de 60 quilos.
O consumo de pescados no Brasil está abaixo do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O consumo anual por habitante no Brasil aumentou de 6,46 quilos em 2003 para 9,03 quilos no ano passado.
A recomendação da OMS é o consumo de 12 quilos por habitante/ano. Pelo desempenho dos últimos anos é possível em cinco anos chegarmos a essa meta. A produção brasileira de pescado vem aumentando e passou de uma média de 990 mil toneladas em 2003 para 1,2 milhão de toneladas no ano passado. O volume, porém, ainda é bem inferior ao potencial estimado pelo governo para ser alcançado no longo prazo, que é de 20 milhões de toneladas.
No ano passado, o consumo total de pescados no Brasil foi de 1,7 milhão de toneladas, que inclui também a importação de pescados, vindo principalmente do Chile, Argentina e Noruega. O aumento do consumo interno vem sendo estimulado pelo crescimento do emprego e da renda e por políticas de fomento como o estímulo à inclusão do pescado na alimentação escolar. Do total de peixes consumidos no Brasil, 30% são produzidos em água doce e o restante no mar.
Algumas dicas simples podem ajudar o supermercadista aproveitar esse crescimento e melhorar o resultado da loja:
• pesquisar os produtos que têm uma melhor aceitação na região;
• prospectar alguns fornecedores desses produtos, que tenham continuidade, entregas semanais e boa qualidade;
• reservar um espaço específico na área de congelados para expor os produtos;
• vender os produtos desviscerados, embalados, pesados e precificados;
• separa um pequeno espaço do balcão de carnes e disponibilizar para venda produtos em cortes e temperados descongelados;
• afixar cartazes de preços atrativos tanto na ilha como no balcão;
• orientar ao atendente de balcão para oferecer os produtos para todos os clientes que atenderem.
Seguindo esses passos é impossível não aumentar significativamente a venda de peixes na loja. Quem sabe até ser referência na sua área de influência ou região na venda de pescados. É fazer para ver.
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Sebastião B. Felix |
PLANETA SUPERMERCADO
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Dicas para aumentar ou iniciar a venda do peixe
Cuidado com as compras de frios e congelados
E importante o supermercadista evitar comprar frios e congelados de empresas e ou marcas desconhecidas. Infelizmente as novas empresas e ou as marcas desconhecidas que estão entrando no mercado têm que provar que são sérias, que têm qualidade, que vendem produtos que não vão causar nenhum transtorno aos varejistas. É preciso ganhar a confiança dos clientes para poder conquistar seu espaço. Mais, é preciso que essas empresas provem que são honestas, que não roubam seus clientes. Que seus funcionários prestam um bom serviço e não fazem parte de nenhuma quadrilha que desvia e furta mercadorias dos seus clientes.
Como em qualquer ambiente ou segmento de negócios o de distribuição também têm gente desonesta e mal intencionada. Existe empresas no mercado que são desonestas com seus clientes. Empresas que vendem produtos estragados, mal conservados, de baixa qualidade e até impróprios para o consumo, provocando sérios problemas depois, na mão do varejista. Temos ouvido relatos de determinadas empresas que vendem produtos estragados aos supermercadistas e depois se negam a trocar, dificultam a troca ou demoram tanto para trocar que os empresários acabam esquecendo ou deixando de lado, assumindo o prejuízo.
O problema pode não ser diretamente da empresa, mas sim de algum colaborador ou vendedor desonesto. Para o varejista, porém isso não importa e na dúvida é melhor não fazer negócios com empresas desconhecidas, que vendem produtos de qualidade duvidosa e ou muito baratos.
É importante para o varejista ter produtos na loja de qualidade, produtos que não vão causar nenhum transtorno depois de comercializado, que não arranhem a imagem da loja. Se essa regra não for obedecida com certeza em algum tempo a loja vai ser conhecida como um lugar que vende produtos ruins, de baixa qualidade e até estragados. E não adianta se iludir achando que se a loja estiver em uma região de periferia com clientes de baixa renda, que estes não dão valor a qualidade, que gostam de produtos baratos. Isso talvez seja um dos maiores erros cometidos pelo varejistas atualmente.
O problema maior é dos produtos congelados, pois o varejista só vai perceber a baixa qualidade do produto e ou que estão impróprios para consumo depois de descongelados e expostos no balcão de vendas. Portanto, cuidado redobrado com esses itens.
Muito cuidado com empresas que têm políticas de faturamento muito flexíveis a ponto de faturar a mercadoria para um CPNJ e entregar para outro cliente ou entregar em outro local que não aquele do referido CNPJ. Essas aberturas que alguns fornecedores utilizam e podem funcionar a seu favor em algum momento, também é uma porta de entrada para coisas erradas que essas empresas podem fazer. Além claro dessa conduta ser ilegal por parte de ambos.
O segmento de frios, laticínios e congelados é uma das categorias dentro do supermercados com maiores índices de furtos externos, aqueles praticados por fornecedores. Pelo volume de vendas que representam, pela frequência de compras durante o mês, esses produtos devem ter uma atenção redobrada pelas empresas varejistas.
Se por um lado existe o furto por parte de alguns vendedores e ou entregadores desses produtos é porque do outro existe algumas empresas varejistas desonestas que compram essas mercadorias, os chamados receptores. Portanto além de cuidar dos produtos que recebe na loja, evitando perdas por furtos, também é importante acompanhar os preços praticados pelos concorrentes, pois caso estejam muito abaixo do mercado é quase certo que são produtos roubados. Alguns desses receptadores de produtos roubados até podem achar que estão comprando mercadorias desviadas de empresas distribuidoras ou fabricantes, mas a verdade é que esses produtos em quase 100% dos casos foram furtados ou desviados de outros supermercadistas às vezes até mesmo de que está comprando. Pense nisso!!!
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Sebastião B. Felix |
O que faz o encarregado de loja?
Você sabe? Não? Então não se preocupe, você não é o único. Uma infinidade de supermercadistas não têm uma maior produtividade na loja, simplesmente porque não sabem o que o seu encarregado de loja ou de mercearia, no caso de lojas maiores, deveriam fazer. Para facilitar então, relacionamos algumas tarefas que podem ser desempenhadas por esse pessoal:
- Ligar e verificar busca de preços da área de vendas e depósito
- Distribuir tarefas para os repositores do setor
- Abastecer a área de venda da loja, iniciando pelos pontos mais críticos (ruptura)
- Precificação dos produtos (verificar se estão com preços, se os preços estão corretos)
- Acompanhar a alteração de preços dos produtos (no sistema e fisicamente)
- Preparar área de vendas para ofertas (abertura de espaço, abastecimento, reposição de pontos fixos e pontas de gôndolas)
- Orientação e acompanhamento do cartazeamento dos produtos e das ofertas
- Orientação e acompanhamento do pessoal da área de reposição
- Acompanhamento e orientação do trabalho dos promotores
- Atentar e inibir os desvios e roubos de mercadorias por clientes e funcionários
- Limpeza da área de vendas: chão, teto e paredes
- Manutenção e limpeza de gôndolas e equipamentos de exposição
- Arrumação dos produtos manuseados por repositores e promotores no depósito
- Acompanhamento da retirada dos produtos do depósito para abastecimento da loja
- Verificar data de validade dos produtos da área de vendas e depósito
- Retirada, arrumação e trocas de produtos vencidos da área de vendas
- Avisar o responsável pela administração da loja 30 dias antes do vencimento dos produtos
- Subsidiar, quando solicitado, o comprador referente aos volumes de produtos a serem comprados
- Acompanhamento dos horários dos funcionários (entrada, saída e intervalos)
- Orientação e cobrança dos funcionários com relação à postura, cumprimento das normas e relacionamento com clientes
- Acompanhamento da realização de balanço dos setores de vendas
- Monitorar preço de cesta básica, produtos usados para sua confecção e quantidades a serem produzidas - Verificar exposição de produtos nas gôndolas feitas pelos repositores
- Verificar posicionamento de etiquetas de preços nos produtos , quando for o caso
- Emitir etiquetas de preços e código de barras quando necessários
- Verificar qualidade da reposição/arrumação/exposição dos promotores
- Definir espaço de exposição/reposição de produtos para repositores e promotores
- Verificar a existência de produtos no depósito que não vieram para a área de vendas
- Verificar se os corredores estão limpos, iluminados e sem obstrução
- Verificar estado de carrinhos usados pelos repositores e promotores
- Verificar qualidade dos cartazes de ofertas e promoções (tamanho, legibilidade das letras, padrão de cores e tamanhos de letras)
- Verificar se os produtos de ofertas estão expostos e bem posicionados na loja
- Verificar abastecimento/exposição e limpeza dos check stand
- Orientar e acompanhar trocas de etiquetas "velhas" dos produtos
- Acompanhar preenchimento da planilha de controle de promotores
- Acompanhar e cobrar cumprimento do padrão operacional dos promotores
- Validar o encerramento do abastecimento/reposição e exposição feitos pelos promotores com assinatura na respectiva planilha de acompanhamento
- Analisar diariamente os relatórios de giro de produtos, produtos pedidos (pendentes) e produtos entregues (que chegaram)
- Verificar cartaz de pontas de gôndolas/produtos em promoção
- Acompanhamento e notificação ao setor de compras dos produtos em excesso na área de vendas e depósito
- Verificar exposição e precificação dos produtos de tablóide
- Acompanhamento e notificação ao setor de compras dos produtos de promoção em falta.
- Solicitar cartazes de preços
- Orientar abastecimento/reposição e exposição feitos pelos vendedores
- Informar frente de caixa dos produtos de promoção em falta
- Verificar cadastramento de produtos antes do abastecimento
- Orientar e acompanhar sistema PEPS dos produtos (primeiro que entra, primeiro que sai)
- Acompanhar e fazer cumprir as negociações de pontas de gôndolas e pontos extras
- Pegar emprestado e emprestar funcionários do setor
- Acompanhar cumprimento de horários dos repositores (não deixar fazer hora extra)
- Definir e acompanhar folgas de funcionários
- Acompanhar e definir compensação de horas de funcionários, quando for o caso
- Treinar, orientar e acompanhar funcionários do setor no período de experiência
- Opinar e sugerir afastamento de funcionários efetivos e no período de experiência
- Opinar e sugerir promoção de funcionários
- Coordenar e realizar reuniões semanais com os repositores e quando necessário com os promotores
- Informar a gerência toda e qualquer anormalidade ocorrida no setor
- Registrar as reclamações/sugestões de clientes e informar a gerência
- Estimular a equipe para que a mesma se mantenha motivada
- Dar exemplo para os demais funcionários, não fazendo nada que possa denegrir sua imagem de líder e cumpridor do seu dever
Essas são algumas das atribuições/tarefas que podem ser desenvolvidas pelo encarregado da loja/mercearia. É importante para o bom desempenho das funções que o profissional saiba o que a empresa espera dele. Não basta o varejista ficar imaginando o que o encarregado poderia fazer na loja, sem antes, lhe dizer exatamente o que espera dele. Mais, é preciso ter tudo isso escrito de forma clara, para que ele entenda e não haja nenhuma desculpa da falta de conhecimento e de clareza do que todos esperam.
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Sebastião B. Felix |
Comprar equipamentos de refrigeração virou caso de polícia
Comprar equipamentos de refrigeração para supermercados no Brasil tem se transformado em uma das tarefas mais difíceis do varejo. É cada dia maior o número de empresários insatisfeitos com os fornecedores. Essa realidade é fruto da baixa concorrência do setor que conta com cerca de três grandes fornecedores tanto de gabinetes como de máquinas, sendo que somente uma delas detêm 70% do mercado.
A prestação de serviços nessa área é lastimável para não dizer inexistente. Compromisso com a satisfação do cliente é algo pouco valorizado no setor, principalmente pela empresa com maior participação de mercado. A sensação que temos é que o empresário está fazendo um grande favor quando compra os equipamentos dessa marca. A arrogância de alguns executivos e representantes da empresa beira o absurdo.
Em mais de 500 projetos de consultoria executados envolvendo reformas, ampliações e construções de novas lojas um dado sempre nos chamou a atenção: em nenhuma das obras realizadas o fornecedor de equipamentos de refrigeração entregou tudo que tinha vendido dentro do prazo estipulado. Sempre faltou algum equipamento, alguma peça, alguma especificação que não ficou de acordo com o negociado ou simplesmente não chegou a tempo da loja ser inaugurada.
Os problemas relacionados com as empresas de refrigeração, principalmente a empresa líder de mercado são os mais variados possíveis, entre eles:
a) equipamento entregue diferente daquele que o empresário achou que comprou.
b) equipamentos faltando peças ou acessórios.
c) equipamentos amassados, arranhados e até com vidros quebrados durante o transporte.
d) pedido entregue fora do prazo acordado, em alguns casos com mais de 30 dias de atraso.
e) falta de orientação na canalização da refrigeração, causando transtornos na hora da montagem.
f) técnicos de montagem terceirizados desqualificados e sem comprometimento com a qualidade dos serviços.
e) omissão de informações importantes ou falta de clareza durante a negociação referente ao que o cliente está pagando ou não, levando a aborrecimentos futuros e insatisfação com a empresa.
g) erros grosseiros na elaboração do orçamentos como falta de itens.
h) venda de equipamentos que não satisfaz a necessidade do cliente como as famosas gôndolas com base e mais quatro prateleiras, o que torna impossível uma boa exposição dos produtos.
i) morosidade na solução ou resolução dos problemas, chegando ao ponto de simplesmente não resolvê-los.
j) falta de visitas, em alguns casos, o varejista praticamente implora para que o representante da empresa lhe visite.
l) falta ou demora da entrega do orçamento, em alguns casos, o varejista compra de uma marca sem comparar o preços de outras, simplesmente por que os orçamentos das demais nunca chegaram.
O caso mais recente que acompanhei e que praticamente ocorreu 90% desses problemas citados acima, foi o do Supermercado Princesa, uma rede de cinco lojas do mato grosso do sul, que reformou sua loja principal. Mesmo sendo cliente fiel da empresa líder de mercado a mesma foi incapaz de evitar ou resolver os problemas causados. Segundo o proprietário Sr. José Damasceno "o tratamento dado aos problemas causados pela empresa tiveram atenção Zero e nada foi resolvido e que desta empresa eu não comprarei mais uma agulha". Só para termos uma idéia da gravidade do que estamos falando, algumas coisas que eram de responsabilidade da empresa ele teve que pagar mais duas outras vezes para que tivesse o serviço executado. E no final, a empresa só resolveu alguns problemas gravíssimos, depois que o empresário fez uma reclamação no site de reclamações (reclameaqui.com.br), faltando dois dias para a reinauguração.
Os casos de mal atendimento não são isolados, pelo contrário, exceção aqui é a empresa cumprir exatamente o que foi acordado. Outra dica importante que damos é com relação aqueles "acertos" que são feitos por alguns varejistas e algumas empresas do setor com relação a equipamentos que estão sendo comprados e financiados e ela propõe devolver o que já foi pago pelo varejista quando o financiamento for aprovado ou faturar a maior e devolver a diferença, porque isso simplesmente pode não acontecer. Temos informações de muitos casos destes que não foram cumpridos.
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Sebastião B. Felix |
Estratégia para atrair clientes com as ofertas de frutas e verduras
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