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domingo, 1 de abril de 2012

Não precifique seus produtos pela sugestão do fornecedor

Você sabe, porque o fornecedor persiste tanto em sugerir o preço de vendas dos produtos que ele fornece para você? Você acredita que com a margem de comercialização sugerida pelo fornecedor a loja vai ter lucro? A resposta a essas perguntas não tem nenhuma importância. Importante, porém é o varejista não precificar seus produtos pela sugestão do fornecedor em hipótese alguma. Algumas empresas fornecedoras de produtos para supermercados estão não só fazendo sugestão de preço de vendas aos varejistas, como também estão vendendo mais caro para aqueles clientes que não aceitam a sua sugestão de preço. Acho que o varejista, principalmente nos estados aonde essa prática vem ocorrendo com maior freqüência, deve se unir a outros varejistas na mesma situação e buscar seus direitos nos órgãos regulatórios competentes como é o caso do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Afinal, a empresa fornecedora que agir assim o faz pelo poder que tem em função da importância que seus produtos representam para as lojas e tal atitude não é justa para com os pequenos varejistas, cabendo, portanto a intervenção de órgãos reguladores. Tem o caso de um fornecedor ocorrendo no mercado de Mato Grosso, já por algum tempo, cujo seus produtos têm um preço, com desconto para o varejista que se comprometer a ceder em torno de 70% do espaço de área de vendas da categoria de produtos para suas marcas e também vender um dos produtos principais da empresa a determinado preço (preço esse que é igual para o consumidor final em todos os pontos de venda que aceitam a proposta). Os varejistas, porém que não aceitam tal acordo são obrigados, se quiserem ter o produto à venda, (vale ressaltar que o produto é líder de mercado, quase não tendo substituto) a pagar um preço maior e ficar “livre” para revender o produto pelo preço que quiser. A determinada empresa inclusive chega a cortar o fornecimento se o varejista tentar vender o produto abaixo ou acima do preço combinado. Onde o varejista vai parar desse jeito? O pior disso tudo é que nenhum varejista, pelo menos até o momento procurou fazer alguma coisa. Até agora ninguém tomou as dores do problema e procurou uma solução. Não sei o que estão esperando. Talvez a solução vai cair do céu, porém neste caso específico é quase impossível uma solução a favor dos varejistas sem ser pelas mãos dos próprios varejistas. O varejista não pode aceitar de forma pacimoniosa as imposições de determinados fornecedores. Nossa alerta é que se situações como essas não forem devidamente coibidas e retaliadas pelos próprios varejistas, corre-se o risco de mais empresas entrarem nesse jogo, impondo condições de comercialização às empresas incabíveis e diminuído a sua capacidade competitiva, principalmente do pequeno varejista que se tornará refém dessas políticas. Não há mais tempo a perder, os varejistas que estão tendo esse tipo de problema, precisam tomar alguma providência sob pena de ficar refém de um determinado fornecedor ou política de vendas que ao longo do tempo prejudicará sobremaneira a rentabilidade das empresas.
Sebastião B. Felix

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