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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Supermercado virtual

Nem você e tampouco algum fornecedor vai fazer alguma coisa de "graça" para alguém!


Em minhas andanças pelo Brasil, vez ou outra, ouço de algum “infeliz” supermercadista que determinado fornecedor vai lhe fazer algo de graça. Nessas oportunidades me pergunto como pessoas aparentemente inteligentes e de sucesso comprovado, podem acreditar em coisas desse tipo.Mais, gostaria de aproveitar o momento e perguntar aos senhores supermercadistas leitores se por acaso, alguns de vocês dão alguma coisa de graça para seus clientes? Acredito que nenhum lojista, seja lá de onde for, dê alguma coisa de graça para alguém ou que faça isso sem uma segunda intenção. Parece absurdo mais tem muito varejista por ai acreditando piamente que esteja recebendo alguma coisa de graça de algum fornecedor. Pior, acham que isso acontece sem segunda intenção. São muitas as coisas que alguns varejistas acreditam que estejam recebendo de graça, vejamos:Organização da área de perfumariaGeralmente esse serviço é oferecido por empresas que comercializam cosméticos. Sob os mais variados argumentos muitos varejistas entregam esse espaço de área de vendas da loja para ser “organizado” por algum fornecedor. Poderia elencar mais de dez motivos para os varejistas não fazerem esse tipo de coisa, porém os argumentos que me levam a crer que dificilmente o fornecedor irá fazer algo de graça ou sem segundas intenções podem ser traduzidos como uma simples pergunta: quem foram os maiores beneficiados com as mudanças ou com a organização da exposição desses produtos, os consumidores, os varejistas ou os fornecedores de modo geral e em especial o bom samaritano que prestou o serviço de “graça”?Não sejamos tolos de achar, que um fornecedor vai colocar a disposição do varejista dois ou três funcionários para trabalhar durante dois ou três dias sem nenhum outro objetivo, exceto “ajudar”, afinal de contas esse fornecedor montou uma empresa benemérita somente para ajudar supermercadista. Serviços de montagem de loja ou reestruturação de layoutO caso mais emblemático desse tipo de serviço é o oferecido por alguns atacadistas. Muitos dos quais desprovidos de profissionais qualificados ou preparados para realizar esse tipo de serviço e que acabam fazendo da loja do cliente uma verdadeira cobaia das suas experiências mirabolantes, muitas delas sem o mínimo de fundamento. Alguns varejistas na ânsia de economizar alguns trocados e de certa forma vítima da sua boa intenção deixam muitas vezes de contratar profissionais experientes, e capacitados e simplesmente entregam suas lojas nas mãos de verdadeiros “picaretas”, “malfeitores” e por que não dizer desonestos e aproveitadores da boa fé alheia.Não compreendo porque determinados varejistas experientes calejados de apanhar da vida ainda persistem em querer levar vantagem em tudo que vão fazer. Estão sempre buscando uma forma ou jeitinho de fazer as coisas de forma que saiam no “lucro”. Até quando esses varejistas vão continuar agindo assim? Será que a vida não vai conseguir lhes ensinar que nela tudo tem um preço. Que da mesma forma que uma loja bem estruturada, climatizada, com equipamentos de primeira linha e uma boa prestação de serviços não consegue vender mais barato que o seu vizinho de esquina que não tem a mesma estrutura, um bom profissional também não vai custar igual um profissional “meia boca” e muito menos quem vai lhe prestar um serviço de graça.Projeto de layout de lojaAlgumas empresas têm oferecido a determinados clientes projetos de layout de loja, principalmente relacionados à construção de nova loja ou ampliação da loja atual. Nada contra esse tipo de serviço oferecido, pelo contrário temos que parabenizar às empresas com tal iniciativa. O problema, porém é quando a equipe de vendas dessas empresas coloca para o lojista que esse tipo de trabalho vai ser de “graça”, que ele não precisa se preocupar que tudo vai ser feito a contento e ele não terá que pagar nada. Nesse caso duas coisas podem acontecer concomitantemente, ou seja, o serviço oferecido pode não ser lá essas coisas assim mesmo isso vai custar alguma coisa para o varejista.Nessa situação pergunto aos senhores, não seria mais honesto e profissional por parte dos fornecedores deixarem clara a contrapartida a ser exigida do varejista para tal prestação de serviço? Será que vale a pena a equipe de vendas dos fornecedores que prestam esse tipo de serviço ser desonesta e mal intencionada com o cliente e com isso correrem o risco de mais à frente perdê-lo?Fica nosso ponto de vista aqui registrado para varejistas e fornecedores e também nosso apelo para que mudem. Mudem para melhor.

Sebastião B. Felix

domingo, 1 de abril de 2012

layout de lojas

Não precifique seus produtos pela sugestão do fornecedor

Você sabe, porque o fornecedor persiste tanto em sugerir o preço de vendas dos produtos que ele fornece para você? Você acredita que com a margem de comercialização sugerida pelo fornecedor a loja vai ter lucro? A resposta a essas perguntas não tem nenhuma importância. Importante, porém é o varejista não precificar seus produtos pela sugestão do fornecedor em hipótese alguma. Algumas empresas fornecedoras de produtos para supermercados estão não só fazendo sugestão de preço de vendas aos varejistas, como também estão vendendo mais caro para aqueles clientes que não aceitam a sua sugestão de preço. Acho que o varejista, principalmente nos estados aonde essa prática vem ocorrendo com maior freqüência, deve se unir a outros varejistas na mesma situação e buscar seus direitos nos órgãos regulatórios competentes como é o caso do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Afinal, a empresa fornecedora que agir assim o faz pelo poder que tem em função da importância que seus produtos representam para as lojas e tal atitude não é justa para com os pequenos varejistas, cabendo, portanto a intervenção de órgãos reguladores. Tem o caso de um fornecedor ocorrendo no mercado de Mato Grosso, já por algum tempo, cujo seus produtos têm um preço, com desconto para o varejista que se comprometer a ceder em torno de 70% do espaço de área de vendas da categoria de produtos para suas marcas e também vender um dos produtos principais da empresa a determinado preço (preço esse que é igual para o consumidor final em todos os pontos de venda que aceitam a proposta). Os varejistas, porém que não aceitam tal acordo são obrigados, se quiserem ter o produto à venda, (vale ressaltar que o produto é líder de mercado, quase não tendo substituto) a pagar um preço maior e ficar “livre” para revender o produto pelo preço que quiser. A determinada empresa inclusive chega a cortar o fornecimento se o varejista tentar vender o produto abaixo ou acima do preço combinado. Onde o varejista vai parar desse jeito? O pior disso tudo é que nenhum varejista, pelo menos até o momento procurou fazer alguma coisa. Até agora ninguém tomou as dores do problema e procurou uma solução. Não sei o que estão esperando. Talvez a solução vai cair do céu, porém neste caso específico é quase impossível uma solução a favor dos varejistas sem ser pelas mãos dos próprios varejistas. O varejista não pode aceitar de forma pacimoniosa as imposições de determinados fornecedores. Nossa alerta é que se situações como essas não forem devidamente coibidas e retaliadas pelos próprios varejistas, corre-se o risco de mais empresas entrarem nesse jogo, impondo condições de comercialização às empresas incabíveis e diminuído a sua capacidade competitiva, principalmente do pequeno varejista que se tornará refém dessas políticas. Não há mais tempo a perder, os varejistas que estão tendo esse tipo de problema, precisam tomar alguma providência sob pena de ficar refém de um determinado fornecedor ou política de vendas que ao longo do tempo prejudicará sobremaneira a rentabilidade das empresas.
Sebastião B. Felix

Cai o consumo de FEIJÃO e ARROZ no Brasil

Os brasileiros estão comendo menos feijão e arroz de acordo com pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab. Em 2006, 71,9% da população adulta comia feijão pelo menos cinco vezes por semana. Em 2009, a proporção caiu para 65,8%. Há argumentos tradicionais utilizados para justificar a redução do consumo de feijão. Os economistas afirmam que o produto tem elasticidade de renda negativa, ou seja, à medida que a renda do consumidor aumenta o consumo do produto diminui. Por sua vez, outros afirmam que ocorreu um crescimento do preço real do feijão em comparação a outros alimentos. Outros ainda apontam a dificuldade de preparo caseiro e o tempo de cozimento que se contrapõe à necessidade de redução do tempo de trabalho doméstico. Além disso, há maior número de pessoas fazendo suas refeições fora do lar e a substituição do feijão por outras fontes de proteína. Os dados da pesquisa demonstram o impacto das mudanças no padrão alimentar do brasileiro - que acompanha tendência mundial de maior consumo de alimentos gordurosos - e, ao mesmo tempo, a preocupação de uma parcela da população em reverter esse quadro. Com um ritmo de vida cada dia mais corrido, as pessoas acabam por optar por comidas mais rápidas, incluindo as industrializadas. Além disso, as pessoas passaram a comer mais vezes fora de casa.O percentual de pessoas que almoçam em casa ou preparam sua refeição tem reduzido nos últimos anos, e assim as pessoas acabam optando por alimentos mais práticos e, geralmente, mais gordurosos, como os pré-cozidos, enlatados ou mesmo os fast-foods.A boa notícia do perfil alimentar do brasileiro é o aumento do consumo de pelo menos cinco porções diárias de frutas e hortaliças. Cerca de 30,4% da população com mais de 18 anos optam por esses alimentos cinco ou mais vezes na semana. O consumo por sua vez subiu de 7,1% para 18,9% da população de 2006 a 2009. Mesmo com o índice ainda baixo, o aumento reflete uma maior conscientização sobre a alimentação saudável.Consumo de feijão cai e arroz está estagnadoCom a mudança no estilo de vida da população, o feijão e o arroz estão saindo da rotina do brasileiro. O consumo de feijão entre os brasileiros tem caído nos últimos 40 anos, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab. Da década de 1970 para cá, a redução foi vertiginosa: quase 50%. Na década de 70, o consumo per capita do feijão chegava a 21,50 quilos/ano, conforme dados do IBGE. Nos anos 80, baixou para 16,39 quilos/ano e, na década de 90, teve um ligeiro aumento, para 16,80 quilos/ano. Porém, após o Plano Real, em 1996, o consumo teve nova queda. Hoje, não passa dos 16 quilos/ano. Já o consumo de arroz - que varia de 74 a 76 quilos/habitante/ano - está estagnado, apenas acompanhando o crescimento populacional, provocando preocupação nos produtores, que não sabem como lidar com os estoques excedentes. Com a oferta cada vez mais rica de produtos congelados, industrializados e prontos para o consumo, a tradicional cena do arroz com feijão têm sido cada vez menos freqüente no prato dos brasileiros. Os novos produtos alimentares criados pela indústria têm conquistado um público crescente, principalmente nos grandes centros, onde também o fast-food é uma realidade para milhões de brasileiros. Devido a essa mudança, não só o feijão e o arroz, mas também a farinha de mandioca, e a farinha de milho - alimentos mais tradicionais na dieta do brasileiro - têm amargado uma redução significativa em seu consumo. O arroz com feijão ainda são prioridade para os indivíduos de renda menor, de acordo com o levantamento da Conab. Mas para os mais abastados, estes alimentos ocupam posições menos privilegiadas. Mudança na mesaO recuo no consumo total dos dois produtos decorre da mudança de hábitos alimentares, principalmente da classe média. A vida agitada das famílias, com pais e mães trabalhando fora, favorece hoje mais o consumo de alimentos industrializados, como sanduíches e pizzas. A dieta de arroz com feijão ficou um pouco abandonada porque as famílias não estão mais se reunindo para fazer as refeições. Outro reflexo social importante, estimulado pela grande variedade de oferta de refeições rápidas e a tendência a considerar a dupla arroz com feijão como “comida de pobre”. Por isso, à medida que aumenta a renda dos consumidores, eles tendem a trocar o prato tradicional por itens como massas e embutidos.
Sebastião B. Felix

Cuidado...O pecado capital na hora de comprar equipamentos

Você compraria produtos para revender na loja sem se preocupar com os seus preços? Acreditaria que estaria fazendo a melhor aquisição de produtos simplesmente porque o vendedor lhe dissesse que estava dando o maior desconto entre todos os seus concorrentes? Mais, você compararia produtos para revender do primeiro vendedor que aparecesse, só porque ele é bom de lábia e lhe dissesse que os seus produtos eram os melhores? As respostas para todas essas perguntas, com certeza é NÃO.Porque será então que uma atitude irracional ou talvez desesperada esteja começando a virar moda entre os supermercadistas, que é comprar equipamentos que custam verdadeiras fortunas do primeiro vendedor que aparece na loja. Sem fazer nenhum orçamento, sem ao menos consultar outros concorrentes para verificar se está pagando um valor justo ou até mesmo poder comparar a qualidade, a assistência técnica, o prazo de entrega e outras informações importantes. Mais, sem ao menos checar as credenciais desses vendedores cheios de lábia.Afinal, como podemos considerar isso: um ato impensado e impulsivo dos empresários? Ignorância de achar que tendo dinheiro não precisa esperar os fornecedores fazerem os orçamentos? Soberba de querer comprar o equipamento mais caro do mercado, quando na prática isso, não vai fazer nenhuma diferença para os clientes e nem garante, que “o mais caro e melhor”, de acordo com esses vendedores, sera realmente melhor? Estou em busca das respostas.Até que cheguemos às conclusões do por que de tudo isso, algumas hipóteses podem ser consideradas: muitos fornecedores de equipamentos são incompetentes, pois não conseguem nem fazer os orçamentos para os clientes que precisam comprá-los; o vendedor é muito malandro e bom de conversa, consegue convencer o empresário a investir algumas centenas de milhares de reais comprando seus equipamentos sem procurar por alternativas. O supermercadista perdeu a noção do valor do dinheiro e o poder de barganha que ele proporciona a qualquer comprador, mesmo aos mais incompetentes. Nos últimos anos, acompanhamos de longe pelo menos dez casos de supermercadistas que agiram exatamente assim. Parecia pessoas bobas, que estavam anestesiadas ou sob o poder de alguma espécie de hipnose. A situação é preocupante e nos parece fora de propósito que empresários sabidamente bons negociadores e conhecedores do valor do dinheiro ajam se comportam dessa maneira.Também é sabido, que muitos vendedores bom de lábia não só usam o poder de persuasão a seu favor e vendem produtos que na prática não são melhores como também cobram mais caro por esses produtos. Existe uma prática no mercado utilizada por muitos vendedores bons de lábia com a anuência de alguns fabricantes de equipamentos desonestos que é a chamada “revenda branca” do produto, que consiste em o vendedor negociar o produto pelo preço mais conveniente e interessante do seu ponto de vista, dividir o valor em algumas parcelas e depois fazer o faturamento para o cliente, que pode ser faturar o produto direto do fabricante para o cliente e este embolsar a diferença entre o preço real e aquele efetivamente pago ao fabricante, ou simplesmente fazer a revenda do produto para o cliente através de outra empresa (que pode ser do próprio vendedor ou não) embutindo a sua margem.Tem vendedor no mercado ficando rico com operações dessa natureza. Não que sejamos contra qualquer trabalhador ascender na vida. O fator, porém é que nesses casos estão usando a boa-fé alheia para tirar proveito próprio. Mais, que muitos desses varejistas enganados podem no futuro até inviabilizarem o seu negócio por conta dessas decisões mal tomadas.Contratar um profissional para prestar assessoria ao varejista na compra dos equipamentos pode ser uma boa opção para evitar esse tipo de transtorno. Outra opção passa pela necessidade do varejista fazer pelo menos três orçamentos para compará-los, claro depois de definir um bom layout para tal fim. E finalmente, outra opção não menos importante é visitar lojas recém inauguradas, em regiões distintas daquelas onde fica a sua loja, conversar com os proprietários e perguntá-los sobre os preços dos equipamentos adquiridos e comparar com os preços dos equipamentos que está ou quer adquirir.
Sebastião B. Felix

Acredite se quiser...

A famosa série de TV com o programa homônimo ao titulo da matéria, sempre fez muito sucesso. O sucesso na prática é resultado do expectador ter acesso a informações sobre coisas absurdas que acontecem na vida real. Porém as coisas mostradas na TV não é um privilégio de pessoas comuns, ignorantes ou casos bizarros. Coisas assim também acontece no mundo corporativo. Em volume e importância maiores até do que possamos imaginar.Acredite se quiser, mas em plena era da comunicação rápida, de toda tecnologia disponível para as pessoas se comunicarem e que afeta a todos os trabalhadores ou não, empregados ou empregadores e influencia a nossa forma de viver, existe uma quantidade absurda de supermercados que não dispõem de um fax e muito menos de uma conta de e-mail para receber e enviar mensagens. Ter uma home page ou site para os menos entendidos, então é um verdadeiro sonho, tão longe de virar realidade quanto o deserto do Saara virar mar. Dispor de alguma ferramenta para comunicação instantânea como MSN então beira ao estado de loucura. Participar de comunidades sociais pode parecer algo de outro mundo, concebido por extraterrestres que tem como objetivo acabar com os supermercados no mundo. Acredite se quiser, mas existem empresas que conseguem no mundo em que vivemos fazer a mágica de operar um negócio e ganhar dinheiro sem se comunicar com o meio ambiente, exceto de forma pessoal e muito restrita. Acredite se quiser, mas empresas com faturamento de alguns milhões ano conseguem sobreviver nesse mercado sem praticamente ter acesso a informações seja de que tipo for. São empresários alienados, que não conseguem enxergar um metro à frente do nariz. Pessoas que acreditam que tudo que fizeram no passado e deu certo continuará dando certo, indivíduos que acreditam terem a fórmula do sucesso e que ninguém consegue lhes dizer ou fazer algo que já não saibam.Empresários, se é que podemos chamar isso de empresários que não acreditam em nada exceto na sua própria confiança de que estão no caminho certo, que estão realizando ou fazendo o melhor para suas empresas. São pessoas egocêntricas que só pensam em sim mesmas, que sempre querem tirar vantagem em tudo, que acham que todos lhe devem obrigação, afinal estão ali naquela cidade, bairro ou região desde que ela nasceu e assim prestaram um grande favor aquela comunidade e por isso ela lhe deve favores. Se você está achando duras as palavras usadas até aqui é porque nunca teve o desprazer de conversar ou negociar com esses tipos de lojistas. É triste essa constatação ou saber que coisas dessa natureza acontecem, mesmo em se tratando de empresas. Porém, somente quem convive com pessoas com esse perfil é capaz de entender melhor nossa exposição.A conclusão final desse comportamento é que das duas uma: ou as empresas estão vivendo um nível de competição tão baixo que lhes permite agir como se fossem donas do mundo ou estão essas empresas tão desconectadas da realidade, das novas regras que regem os negócios, das facilidades e dificuldades que cercam o mundo, que se alienaram totalmente do meio ambiente onde estão inseridos. Entretanto não importa qual das duas situações esteja ocorrendo, o fato é que seja uma ou outra esses dias estão contados para acabar. Não é possível viver no mundo dos negócios desconectados dos meios de comunicação disponíveis no mercado, afinal todos se traduzem em facilidades, agilidade de processos, rapidez nas perguntas e respostas. Portanto se adaptar aos novos tempos não é uma alternativa e sim uma condição para continuar existindo. Se você é empresário e não concorda com essas afirmações sinto lhe dizer que em pouco tempo com certeza você não mais será.A comparação dessa realidade empresarial ultrapassada com o perfil necessário a perenidade dos negócios é mais ou menos como comparar a raça humana hoje, seu modo de vida, hábitos, alimentação, abrigo, vestimenta, reprodução com os chamados homens das cavernas que habitaram a terra a milhões de anos atrás. Parece exagero, então rezemos para continuarmos vivos e constatar com nossos próprios olhos o que acontecerá com essas empresas no futuro.
Sebastião B. Felix

A difícil arte de ter um bom açougue!

Está cada vez mais difícil ter um bom açougue em supermercado. E o motivo não está relacionado com estrutura física ou de equipamentos, muito menos falta de clientes. Algumas lojas tem áreas maravilhosas e bem estruturadas de açougue. O grande problema porém, atende pelo nome de açougueiro. Está cada vez mais raro achar bons profissionais na área. O segmento de supermercados está passando por um apagão de mão-de-obra qualificada, principalmente das áreas de perecíveis, contudo o setor de açougue é o que mais vem sofrendo com essa realidade. O pior é que existe muitos "profissionais" no mercado, o problema é que o nível de qualificação é muito baixo. Pior ainda o nível de educação e profissionalismo. Hoje podemos comparar essa mão-de-obra com todos os "eiros" da vida (marceneiros, carpinteiros, pedreiros...). O mercado está totalmente prostituído. Não há compromisso por parte desses profissionais com as empresas. Eles vêm atrás de emprego, contam uma história bonita, concordam com a proposta da empresa, são contratados e sem mais nem menos, de um dia para o outro, acham que aquele lugar não lhes serve mais. Trocam de empregos como se troca de roupa, por qualquer R$ 100,00 a mais no salário eles deixam a empresa na mão. E não são capazes nem de avisar ou pedir uma contraproposta do patrão. Na prática os açougueiros viraram verdadeiras prostitutas, sem querer ofender, essa classe de trabalhadoras de séculos e tão comprometidas em prestar um bom serviço aos seus clientes.O pior de tudo porém é ouvir o blá, blá, blá desses "profissionais" na hora da contratação do tipo "tenho 30 anos de açougueiro", "trabalhei na empresa tal durante 20 anos", "tudo que você imaginar de açougue eu conheço", "tive olhando seu balcão de carnes e ele está muito desarrumado" "quando assumir seu açougue vou mudar tudo" e ai no primeiro dia de trabalho aparecem com barba e cabelos compridos parecendo um naufrago perdido em uma ilha deserta há mais de um mês. Mais, se não falar para lavarem o balcão no final do expediente não o fazem. Se não cobrar diariamente asseio e limpeza da área de açougue em uma semana tudo vira um lixo, porque simplesmente muitos desses profissionais são descuidados, desleixados, preguiçosos e anti-higiênico.A grande maioria desses "profissionais" tem compromisso ZERO com a empresa onde trabalham. E como se não bastasse tudo isso, muitos açougueiros ainda são desonestos, dando prejuízos enormes por onde passam. A solução existe mas exige do empresário transpor duas barreiras difíceis: disposição para investimento em equipamentos e quebra de paradigmas de como vender carnes. Essa segunda barreira, com certeza é um grande gargalo que a maioria dos varejistas não conseguem resolver. Eles acreditam até a morte que a única forma de vender carnes é tendo um açougueiro atrás de um balcão para atender aos clientes. E é justamente esse paradigma que precisa ser quebrado para que o supermercado não fique tão dependente desse "profissional".O supermercadista precisa acreditar que é possível vender carnes e atender adequadamente seus clientes sem ter um atendente por trás do balcão. Basta colocar um balcão de autosserviço e vender as carnes embaladas em pacotes e bandejas. É importante chamar a atenção desses açougueiros amadores para um fato interessante: durante muitos anos os supermercadistas sofreram com a falta de profissionalismo dos padeiros, foram reféns dessa classe por décadas, até que de repente surgiu o milagre da solução chamado "pão congelado" e que definitivamente jogou no limbo os maus profissionais do setor. Quem sabe também não surja um milagre que resolva de vez esse problema.
Sebastião B. Felix